24 de out. de 2010

Televisão, o mal do século.

            Um belo domingo de manhã, e eu perambulando pela cidade.

O dia está quente, e é evidente a alegria das pessoas nas ruas! Talvez porque hoje seja o dia do Senhor! Não, não é. É mais provável que seja somente por ter a chance de ficar em casa por um dia, sem fazer absolutamente nada, a não ser sentar no sofá, e ver um bom jogo de futebol na televisão.
Sentado no mesmo banco de sempre, de frente ao barzinho que sempre me acomodei, pude ficar na sombra de uma bela arvore, almoçando uma marmita que ganhei, e vendo um pouco de televisão.
Passava um programa de variedades. Na tela, aparecia enorme o escrito: “Mulheres mais siliconadas do Brasil”. Uma lista de 10 mulheres foi apresentada, sendo que o primeiro lugar ficou para a que tinha mais silicone nos seios. Cá entre nós: Isso é coisa para se passar na hora do almoço? Imagine quantas crianças – ou adolescentes – estão vendo esse programa, e desejando colocar silicone só porque as “mulheres mais desejadas do país” possuem? Garanto para você que são centenas de jovens.
Quem dita como você deve ser hoje, é a televisão, é a mídia. Se você tem seios pequenos, não pode ser alguém na vida; se você tem a bunda pequena, não pode ser ninguém na vida; se você estuda muito para tentar ser alguém, você é trouxa, porque na televisão, para se dar bem, não precisa estudar! É só ser fútil, e ter um corpo maravilhoso.
Foi-se o tempo em que as crianças brincavam na rua, jogando bola de meia e empinando pipa. Hoje, com doze anos, as garotas já querem colocar silicone para impressionar os garotos, e os meninos, com a mesma idade, só querem saber de ir atrás dessas garotas.
Tudo tem seu tempo, e não é certo apressar. Mas quem sou eu para lutar contra a mídia? É... não sou ninguém.
Que Deus nos proteja.

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