9 de dez. de 2010

Uma Carta, Para Você

               Eu queria escrever uma carta de amor para você. Mas não sei escrever isso!
               Eu sei sentir, sim, isso eu sei! Mas passar para o papel é uma historia complicada, e deixo isso para os poetas.
               Eu não sou poeta, sou um pobre coitado que lutou na adolescência, e perdeu. Por varias vezes tentou levantar, mas todas foram em vão. Rasteiras e mais rasteiras. Choros e menos sorrisos.
               Sempre tentei entender porque é que me perdia quando tentava levantar. Hoje entendo que sempre quis ser forte, mas diante de você, não existe força em mim para lutar. Você me derruba e me asfixia, me mata aos poucos, um pouco por ano.
               Quantas vezes sai andar pelas ruas, com os ecos dos meus passos sendo os meus únicos companheiros. Eles não têm medo de nada, e me seguem para onde eu for. Ao contrario de você.
               Onde estou? Quem sou eu? O que faço? Você não sabe e nem mesmo quer saber. Pagina virada; livro terminado.
               Para mim, ainda estou na pagina 24, Capítulo 9. Uma pagina que marcou minha vida, e nunca será esquecida. Uma pagina especial, porém, triste. Mas quem disse que para ser especial, tem que ser feliz?
               Um dia nublado, um coreto, uma banda, assim como nos filmes. Uma carteira de escola, uma briga, um final. Assim como nos filmes.
               Talvez não tenha nasci pra vencer no Amor. Talvez tenha nascido pra sobreviver nas ruas, mas para cair sempre que algo me toca o coração.
               Triste? Não, triste é viver na rua, sabendo que não vou mais te ver. Não do mesmo jeito que te via.
Eu queria escrever uma carta de Amor, mas quem sabe, um dia, consigo?